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Matriz São Luis Gonzaga
 
Matriz São Luis Gonzaga

Histórico
Desde a chegada dos imigrantes pioneiros, que em 4 de agosto de 1860 instalaram o núcleo colonial Itajahy (Brusque), o diretor da Colônia, Barão austríaco Maximilian Von Schneeburg reivindicava junto ao governo provincial um sacerdote católico. Em 9 de junho de 1861 a colônia Itajahy (Brusque) recebeu a primeira visita eclesiástica. Proveniente da Freguesia (paróquia) de São Pedro Apóstolo de Gaspar, Padre Francisco Maximiliano Alberto Gattone permaneceu sete dias com os colonos. Em 1862, Schneeburg oficia ao presidente da Província de Santa Catarina, Padre Dr. Vicente Pires da Mota, reivindicando a criação da Freguesia.
Até aquele ano, quatro capelas foram instaladas no núcleo colonial, sendo que três já haviam sido abençoadas pelo Padre Gattone. A primeira delas foi a igrejinha construída em fins de 1861 dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – ‘Maria Hilfskapelle’ – na Guabiruba Norte. Na sede da Colônia, as funções religiosas eram realizadas, inicialmente, num galpão que abrigava imigrantes e, posteriormente, numa frágil capelinha. Após infrutífera espera, Pedro José Werner e Pedro Jacob Heil, em 21 de Maio de 1864 solicitaram à administração da Colônia permissão para construírem – com recurso próprios e de outros fiéis – uma igreja na sede, sob a invocação de Nossa Senhora do Socorro, ‘por ser esta a padroeira escolhida pelos colonos’, conforme atesta o Barão Von Schneeburg em documento remetido ao presidente da Província.

Medindo aproximadamente oito metros de largura por quinze de comprimento, o templo contava com 28 bancos, um confessionário, o altar mor envernizado e um sino de sete arrobas. Festiva e solenemente abençoada nos dias 17 e 18 de novembro de 1866 pelo Padre Gattone, a igrejinha localizava-se onde atualmente encontra-se a impotente Matriz São Luís Gonzaga. O referido sino encontra-se no Museu Arquidiocesano Dom Joaquim, em Azambuja, e é conhecido por ‘Ana Suzana’.

Em 16 de abril de 1867, através da Portaria Imperial, foi criada a Capelania, sendo o Padre Alberto Gattone transferido para a Colônia. A Freguesia de São Luís Gonzaga, reivindicada por Schneeburg desde 1862, foi criada em 31 de julho de 1873, através da Lei Provincial nº 693. Engenheiro Civil graduado pela Universidade do Brasil, o Dr. Luís Betim Paes Leme constitui-se no amis profícuo administrador das Colônias Itajahy e Príncipe Dom Pedro – formadoras da Freguesia São Luís Gonzaga. Paes Leme foi diretor da Colônia de 1º de janeiro de 1872 até 1º de dezembro de 1875. Além da conclusão da ligação rodoviária com o Porto de Itajaí, na sua gestão foi construída a Casa da Diretoria e deu início a construção da Igreja Matriz.

Com pedra fundamental em 21 de junho de 1874, ‘o mais belo templo da Província de Santa Catarina’, segundo o Presidente da Província, foi solenemente abençoado em 1877, pelo Padre Gattone. O gótico templo foi demolido somente em 1953. Padre Antônio Eising, que atuou em Brusque nos anos de 1892 a 1904, informa que a escolha de São Luís para Padroeiro, deveu-se em parte, a uma homenagem que Padre Gattone e a comunidade católica quis prestar ao diretor das colônias Itajahy e Príncipe Dom Pedro, Dr. Luís Betim Paes Leme. O vasto território dos atuais municípios de Nova Trento, Botuverá, Guabiruba e Brusque integravam a Freguesia de São Luís Gonzaga. A Paróquia de São João Batista esteve anexa a nossa Paróquia São Luís de 1899 até 1902. Além de Padroeiro, o protetor mundial dos jovens, vitimado precocemente em função de sua dedicação aos atingidos pela peste, no ano de 1591 em Roma.

São Luís Gonzaga também deu origem à primeira denominação de nosso Município, quando criado em 23 de março de 1881 através da Lei provincial nº 920. A instalação do novo Município deu-se somente em 8 de julho de 1883, com a posse dos primeiro vereadores, que administravam os municípios no período imperial. A denominação de Município de São Luiz Gonzaga para Brusque ocorreu em 17 de janeiro de 1890, após proclamada a República.

A primeira visita Pastoral, realizada por Dom José Camargo de Barros, Bispo de Curitiba, ocorreu em 25 de agosto de 1895. Em 1904 os Padres do Sagrado Coração de Jesus, assumiram a Paróquia. Em 1º de setembro de 1905, Dom Duarte Leopoldo e Silva separou a Paróquia, o Santuário de Azambuja, que permaneceu como curato. Primeiro Bispo de Florianópolis, Dom João Becker realizou sua Visita Pastoral a Brusque de 22 a 27 de Maio de 1909. Durante sua Visita, Dom João Becker inaugurou o Colégio Paroquial, posteriormente Santo Antônio. Hoje São Luiz. Em 31 de julho de 1912, através de Decreto Episcopal, foi desmembrado de Brusque a Paróquia de Porto Franco, atualmente Botuverá. Provenientes da Alemanha, São instalados quatro grandes sinos, na Matriz de Brusque, em 1930.


Em 23 de abril de 1953, após a transladação da imagem de São Luís Gonzaga para a Casa São José, previamente preparada para funcionar como Igreja Matriz, foi dado início a demolição do tempo utilizado para o culto divino durante mais de sete décadas. Em 25 de abril de 1955 foi procedida a benção da pedra fundamental da nova matriz, projeto arquitetônico do arquiteto alemão Gottfried Boehm. As missas passaram a ser celebradas no novo templo, totalmente construído de blocos irregulares de granito, possuindo 16 colunas a sustentar a abóboda de 26,40 metros e um imponente pórtico, que abrigava os sinos no ano de 1962. Além de Azambuja e da Paróquia São José, de Botuverá, foram desmembradas de São Luís Gonzaga as paróquias Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (19 de março de 1963), município de Guabiruba; Santa Catarina (16 de fevereiro de 1969), localidade de Cedro, hoje Dom Joaquim; Santa Teresinha (13 de janeiro de 1974), localizada no bairro que recebe a mesma denominação; e São Judas Tadeu (2 de janeiro de 2005), com sede no bairro de Águas Claras.
Fonte: Paulo Vendelino Kons 

 
 
 
 
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