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Filme e livro sobre a vida da Bem-aventurada Clélia Merloni

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Irmã Grazielle Rigotti

Clélia Merloni, fundadora das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, nasceu em Forli, Itália, em 10 de março de 1861. De personalidade forte e muito corajosa, decidiu-se desde cedo a entregar a vida pela causa do Reino, passando por diversos institutos religiosos até que, após a recuperação aparentemente milagrosa de uma tuberculose no final de uma novena ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria, compreendeu que o desígnio de Deus sobre sua vida era fundar uma Congregação religiosa de Irmãs consagradas ao Sagrado Coração de Jesus que se dedicaria ao bem dos pobres, dos órfãos e dos abandonados, oferecendo sua vida pela conversão dos pecadores.

Madre Clélia morreu em Roma, em 21 de novembro de 1930, e foi enterrada no cemitério Campo Verano. No dia 03 de novembro de 2018, na Basílica de São João de Latrão, Itália-Roma, realizou-se a Missa de Beatificação de Madre Clélia Merloni. O milagre alcançado por sua intercessão, data de 14 de março de 1951, quando um médico brasileiro, Pedro Ângelo de Oliveira Filho, foi atingido por uma progressiva paralisia dos quatro membros e foi hospitalizado, com urgência na Santa Casa de Misericórdia, de Ribeirão Preto. Irmã Adelina, que trabalhava no hospital, aproximou-se do paciente e deu-lhe água onde colocou a pequena relíquia. A recuperção ocorreu no dia seguinte de forma inesperada.

"Foi realmente uma longa marcha", afirmou Paolo Damosso, diretor do filme que conta a história da Bem-aventurada Clélia Merloni. Ele afirma, em entrevista exclusiva ao Vatican News, que iniciou o contato com as Irmãs Apóstolas e as tratativas acerca do filme. O contato inicial foi com Madre Miriam Cunha Sobrinha, superiora geral do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, ainda em janeiro de 2019, pouco mais de quatro anos atrás. A partir dos primeiros encontros percebeu que era uma história rica em detalhes e temas que, apesar de sua complexidade, não poderiam ser deixados de lado. Encontrou então ali o primeiro desafio: estudar a fundo a vida da nova beata – que, de fato, havia sido beatificada há poucos meses – para retratar com veracidade e transparência sua vida, de modo a apresentá-la como uma testemunha autêntica e digna de imitação.

Para Madre Miriam, Superiora Geral do Insituto das Apóstolas, o sonho do filme nasceu no coração de cada filha de Madre Clélia, que gostaria de tornar conhecido o rosto desta grande mulher que é capaz de dar respostas ao mundo atual "diante daquilo que foram a sua escolha de vida e seus valores". Dando destaque ao perdão como um valor fundamental na vida da Bem-aventurada, a Madre Geral ainda ressalta que, num contexto de guerras, os valores do Evangelho são ainda mais relevantes.

Um dos principais desafios da produção do filme, com certeza, foi a pausa obrigatória causada pela pandemia, levando a repensar de qualquer maneira as formas de trabalho. Para a produção de um filme não seria diferente. Porém, o diretor, que também é autor do filme afirma que, para ele, este tempo foi de desafios quanto à escrita, que passou a ser sua atividade diária principal, porém não era uma atividade solitária, já que sentiu na companhia da Beata um grande conforto, ¨um bálsamo para tranquilizar as ansiedades daquele período¨. Quanto às gravações, feitas em cerca de seis semanas. Foi necessário um grande trabalho cenográfico, visto que o filme discorre em paralelo entre dois tempos: o atual e o tempo de Madre Clélia. Durante a entrevista, Damosso agradeceu imensamente às irmãs que colaboraram ativamente na reconstrução dos ambientes, empréstimo de objetos, e figuração utilizando os hábitos das irmãs da época.

 

 
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