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Mais de 250 jovens recebem o sacramento da Crisma

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No último sábado e domingo, respectivamente dias 26 e 27 de outubro, mais de 250 jovens receberam o sacramento da Crisma na Paróquia São Luís Gonzaga. O arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, presidiu as missas que, na tarde deste domingo, na Igreja Matriz, foi concelebrada pelo pároco, padre Diomar Romaniv, ao lado de padre Carlos Marcos Nicolodelli e do diácono Sebastião Jacó Felipe. 
“A Crisma é o sacramento da maturidade na vida cristã. Depois de viver o processo de catequese da primeira Comunhão, o jovem vem confirmar o que os seus pais um dia lhe deram no Batismo e dizer publicamente que quer viver isso por toda a vida”, explica o pároco, padre Diomar Romaniv. 
Segundo ele, a partir do sacramento, a expectativa é que o jovem faça a diferença na Igreja e na sociedade e que consiga viver os valores cristãos no estudo, no trabalho e nos demais contextos de sua vida. “Temos a nossa Missa com Jovens, celebrada sempre na última quinta-feira do mês, às 22h30, na Igreja Matriz. Há, ainda, a possibilidade de integrar movimentos como o Emaús, o Acampamento e o Eju. Enfim, há o convite para que esse jovem permaneça na Igreja e venha somar forças através da catequese, da animação litúrgica e dos diversos trabalhos pastorais que são desenvolvidos”, pontua padre Diomar. 
Além dos jovens, o sacramento da Crisma também foi recebido por alguns adultos durante a celebração. É importante lembrar que a Igreja acolhe as pessoas que, por algum motivo, não tenham sido batizadas ou recebido sacramentos de primeira Comunhão ou Crisma. Aos interessados, basta procurar a secretaria paroquial a partir do mês de janeiro de 2020, quando iniciam as inscrições para a catequese. 

“O autor deixa seus traços na criatura”
Durante a homilia, o arcebispo, Dom Wilson Tadeu Jönck, reforçou um ensinamento bíblico, no qual o homem é descrito como “imagem e semelhança de Deus”. “Quando falamos de criação, falamos de ação: é algo que não existia e que passa a existir. Há sempre um criador e o resultado de sua criação: a criatura. Nenhum criador vai pegar sua criatura e jogar no lixo. O criador tem estima pelo que cria”, explica Dom Wilson. 
Para exemplificar, o arcebispo falou sobre os escritores, que traduzem sua forma de pensar em narrativas literárias. Também citou como exemplo o ofício de marceneiro que, através de detalhes e características pessoais, dá forma para o móvel que, até então, não passava de matéria-prima bruta. “O autor deixa traços na criatura. E quando olhamos para a criatura, reconhecemos traços de seu criador. Nós fomos criados por Deus e aqui tudo ganha sentido. Se nós somos criaturas e Deus é o criador, nós trazemos traços de Deus em nós. E só isso é o que conta na nossa vida: ter traços nítidos para que possamos ser reconhecidos como imagem e semelhança de Deus”, afirmou. 
De acordo com Dom Wilson, ser reflexo do criador não depende unicamente do esforço da criatura. “Isso também acontece com a ajuda de Deus, através do Espírito Santo, presente no sacramento que recebemos hoje. É o Espírito Santo que nos permite transformar nossos grupos, nossa família e a sociedade como um todo. Nós, como cristãos, temos o compromisso de permitir que o Espírito Santo renove a face da terra”, ensinou. 

Alegria em comunidade
Depois de dois anos de caminhada, era grande a expectativa dos catequistas por este momento especial. Ao todo, na Igreja Matriz foram 96 crismandos da comunidade Centro e mais nove da comunidade São José (Primeiro de Maio), orientados pro nove catequistas.
“Nosso propósito é levar Deus ao coração desses jovens, o que representa um desafio neste mundo tão individualizado e cheio de tantas outras possibilidades. Mas com amor e doação nós conseguimos evangelizar. Muitos pais nos agradecem pela disposição em ensinar, mas eles não sabem o quanto nós também aprendemos com esses jovens. Seguimos nossa missão com fé e confiança para transmitir esse amor que vive dentro de nós. Se a gente não vive e acredita, também não conseguiria passar”, afirma uma das coordenadoras da catequese de Crisma, Betina B. Modesti. 
Edemar Luiz Aléssio viu sua filha caçula, Maria Eduarda, receber um dos sacramentos que considera mais importante e foi difícil conter a emoção. “Em nossa família há muitos religiosos, três tias minhas foram freiras. Cresci vendo a caminhada dos meus pais dentro da Igreja e ensinei isso também para as minhas três filhas. Espero que elas tenham perseverança e não encerrem a caminhada aqui. Sem Deus e sem a espiritualidade não se consegue muito nesta vida, mesmo que lute. Porque o Espírito Santo é que nos traz tranquilidade, força e segurança para vencer os desafios e ajudar quem precisa. É isso que ensinamos às nossas filhas, com a expectativa de que continuem na caminhada como nós, pais, fazemos até hoje”, detalha Palmito. 
E se a Crisma é uma celebração emocionante para os pais, o sentimento também é compartilhado pelos padrinhos. Márcia Barbosa Nóbrega era só sorrisos ao lado de sua afilhada, um laço unido pela fé. “Ganhei um presente com este convite. Ela, que é filha de uma amiga, agora é quase minha filha também. É um laço maior do que o de sangue, porque nasce da amizade. É uma opção, não uma obrigação. Um laço que nasce pela fé”, explica Márcia. 
A crismanda Maria Antônia Albani Dalago Camillo, 15 anos, descrevia com uma felicidade absoluta o sacramento que acabara de receber. “É uma transformação. Cheguei à Crisma imatura e, durante dois anos, evolui como pessoa e como membro da Igreja. Quero continuar esta caminhada e, quem sabe, até me torne catequista. É um compromisso que fiz e espero cumprir”, salienta. 
A crismanda Luana Grandi Pires de Souza, 15 anos, também compactua deste mesmo propósito. “Receber a Crista traz um sentimento bom e único ao coração. É algo que todos deveriam buscar. Para o próximo ano minha meta é levar isso para outros jovens, através da catequese”, reforça. 

 
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