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Paróquia homenageia Luiz Gonçalves pelos 52 anos de trabalho

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Não faltaram lágrimas de emoção na despedida simbólica do zelador Luiz Gonçalves, durante a missa das 9h deste domingo, 15 de setembro, na Igreja Matriz São Luís Gonzaga. Depois de 52 anos trabalhando no local, ele encerra sua trajetória profissional para, finalmente, dedicar-se de modo integral à família e, claro, ao descanso mais do que merecido!
“Sinto gratidão ao ver alguém que deu a vida por uma instituição. Infelizmente, o Luiz trabalhou pouco comigo, precisou se afastar durante alguns meses porque ficou doente. Ele até tentou retomar ao serviço, mas não foi mais possível. A vida é muito mais do que trabalho e nós somos imensamente agradecidos por este longo período que ele esteve conosco”, afirma o pároco da Paróquia São Luís Gonzaga, padre Diomar Romaniv.
Segundo ele, do “seu Luiz”, permanece a lembrança da simplicidade e da organização ao executar a manutenção ordinária do local, que envolve a secretaria e casa paroquial, auditório, centro de eventos e a igreja matriz. “Ele é o homem que sabe por onde passam todos os fios e todos os canos. É a memória viva de nossa instituição e do patrimônio que construímos”, enfatiza.
Padre Diomar destaca que nem sempre é fácil viver o momento da despedida, mas a trajetória profissional de Luiz encerra com a certeza de que o dever foi cumprido. “Ele viveu com alegria tudo o que fez”, pontua. 

Amor pelo que faz
Luiz começou a trabalhar na Paróquia São Luís Gonzaga em 1967, como servente de pedreiro. Antes disso, sua única experiência profissional foi na colheita de uma safra da empresa Souza Cruz. Para ele, o tempo de maior aprendizado e de grandes mudanças se concentrou na década de 1970. Na oportunidade, a Paróquia implantou o dízimo e, pela primeira vez, viabilizou recursos para manter sua atuação pastoral.
“Quando o falecido padre Pedro Paloschi era o pároco foi feita a mudança do cemitério para o Parque da Saudade. Acabamos não localizando muitas famílias e estes restos mortais foram para o ossário do novo cemitério”, conta Luiz.
Outra lembrança foi da festa de São Luís Gonzaga durante a Copa de 70. “A Casa do Rádio emprestou duas televisões. Uma delas colocamos no salão e, a outra, próximo dos músicos. Assim, todos puderam apreciar os festejos, sem perder o jogo de futebol”, pontua.
Aos 18 anos, Luiz casou com Valquíria e, da união, nasceram José Luiz (in memoriam), Jamil, Fabiana, Jussara e o temporão Tiago. Hoje, a família já conta com 10 netos e mais dois bisnetos.
Aposentado há 16 anos, Luiz nunca pensou em parar de trabalhar. Mas, em abril deste ano, acabou se sentindo mal enquanto varria a escadaria da Igreja Matriz. E, depois do terceiro enfarte, ele reconheceu que chegara o tempo de se despedir do ofício que tanto amou executar.
“Só levo coisas boas. Acredito que dos amigos é o que mais sentirei falta. De qualquer forma, um dia tudo termina e, para mim, foi um bom fim”, descreve.

 
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