Aumentar Fonte +Diminuir Fonte -A Paróquia São Luís Gonzaga iniciou nesta
Quinta-feira Santa, 14 de abril, o Tríduo Pascal. A Última Ceia de Jesus e seus
discípulos, marcada pelo gesto do Lava-Pés, simboliza o início de uma única
celebração, dividida em três partes, que será concluída no Sábado Santo, onde a
Igreja permanece em vigília, na esperança da ressurreição.
No período da manhã, na Catedral, o
Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, se reuniu com os sacerdotes
das 73 paróquias que formam a Arquidiocese para a Missa dos Santos Óleos. Nesta
última missa antes do tríduo, o arcebispo abençoou os óleos que serão usados
nos sacramentos por todas as paróquias da Arquidiocese durante um ano.
Sacramento
do amor
Na Última Ceia, Jesus, antecipando a Sua
doação total, entrega aos discípulos o sacramento do amor: a Eucaristia. A data
inspira a oração pelos sacerdotes, seminaristas e vocações sacerdotais. Por
isso, o início da celebração desta Quinta-feira Santa, na Matriz, foi marcado
por uma homenagem aos padres que atuam na paróquia, reverenciando a eles a
gratidão pelo ministério sacerdotal vivido em comunidade. "Em nossas
orações, pedimos para que falem com sabedoria e ensinem com amor; sejam eles
felizes e fiéis na vocação assumida e que continuem nos conduzindo ao Reino do
Coração de Jesus", dizia a homenagem.
Do
simples ao extraordinário
Na homilia, o pároco, padre Diomar Romaniv,
lembrou do convite do Senhor a servir com amor, em seu gesto do Lava-Pés. Do
exemplo que deixou, ao fazer de coisas simples, o extraordinário. "Ele
toma pães em sua mão e os torna Seu próprio corpo; toma um cálice com vinho e o
consagra como Seu próprio sangue; Se abaixa para lavar os pés de seus amigos e
ensina a grandiosidade do amor e do serviço. A ação de lavar os pés é descrita
em detalhes, porque nos detalhes da vida e dos acontecimentos encontramos o
mais valioso sentido: levantou-se da mesa; tirou o manto; pegou uma toalha;
amarrou a toalha na cintura; derramou água na bacia; começou a lavar os pés;
enxugou com a toalha", refletiu.
Na igreja, muitos são os grupos de pessoas
presentes. Diferentes entre si, a maioria não se conhece. Propondo a pensar na
cena do Lava-Pés, padre Diomar convidou a nos colocarmos como protagonistas
desta ação. "Se agora me fosse dado uma jarra com uma bacia e uma toalha e
pudesse escolher de alguns dos que estão aqui na igreja para lavar os seus pés,
de quem eu teria coragem e alegria de lavar?". A mensagem faz refletir
sobre quem somos ao escolher quem queremos servir, com amor ou por obrigação.
"São exemplos que nos ensinam que o amor leva quase espontaneamente a
servir o outro com alegria e generosidade. Se é pesado, chato e até revoltante
ter que lavar os pés de um estranho, de alguém que não conhecemos ou de quem
não gostamos, é tão agradável e prazeroso fazer qualquer coisa para quem nós
amamos". Seguiu: "Foi esse amor, testemunhado no lava-pés como
acabamos de refletir, que também moveu Jesus na Ceia a pegar pão e vinho, dar
graças e entregar a nós como Seu Corpo e Sangue. Aqui, de novo, o amor
surpreende. E surpreende alimentando e se fazendo presença. A Eucaristia é o
milagre da presença constante de Jesus entre nós. E este amor não olha se
merecemos ou não, se o amamos como ele nos ama ou não".
Seguindo o exemplo de Jesus, e recordando
do simples que se faz extraordinário por meio de atitudes concretas de amor,
deu-se início o Rito do Lava-Pés.
Gesto
de humildade
Antes do Canto das Oferendas, um gesto de
humildade: o Lava-Pés. Participaram do solene momento litúrgico os pais Camila
Moreli Hort e Sidnei Hort com os gêmeos Martin e Zayn Hort (1 anos e dois
meses); a catequista Neusa Cadore Boos e seu catequizando Pedro Arthur Gomes; a
professora Juliana Costa Masera e seu aluno Pedro Henrique Pavesi; a professora
da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Brusque, Jéssica
Fernanda Goes com a aluna Sandra Sanni e o professor universitário Fernando
Luis Merizio com o acadêmico Denis Moresco. Foram eles os discípulos da
celebração. Em procissão, entraram na igreja levando jarra, bacia, toalhas,
avental, pão e vinho. O rito relembra o gesto de humildade que Jesus realizou,
lavando os pés dos seus 12 discípulos e dividindo com eles a ceia. "Eu
nunca tinha participado. Foi uma bênção de Deus olhar para o povo que me via.
Quando meus pés foram lavados, secos e beijados, senti uma paz. Eu estava meio
nervosa e triste hoje em casa diante de uma situação pessoal, mas saio daqui
leve e em paz", definiu Sandra Sani, 60 anos, aluna da Apae de Brusque há
mais de 15 anos. "Pra gente foi muito emocionante, foi um convite que
recebemos de coração aberto e ficamos muito felizes e agradecidos. Significou e
ainda terá muito significado para nós, no decorrer da nossa história",
descreveu Camila Morelli.
"Fazer memória não é apenas recordar,
mas reviver. E essa é nossa missão como Igreja: fazer o povo reviver os
mistérios centrais da nossa fé, e hoje particularmente da Ceia do Senhor e o
gesto do Lava-Pés, e transformar isso em uma experiência pessoal de todos os
que vem aqui rezar", definiu padre Diomar.
Transladação
do Santíssimo
Sem a bênção final, uma procissão conduziu
o Santíssimo Sacramento, com velas e incenso, ao auditório paroquial. A
procissão foi acompanhada por um gesto de fé e adoração silenciosa até o início
da vigília com os grupos, que seguiu em oração e adoração, até a meia-noite,
relembrando os sofrimentos de Jesus.
Na Sexta-feira Santa, acontece, às 15h, o
Rito Litúrgico da Paixão e Morte de Jesus. Logo depois uma procissão percorrerá
as ruas da cidade, com a imagem do Senhor Morto, que será colocado junto à
gruta, na escadaria da igreja Matriz.
A Semana Santa iniciou no último domingo
(12), com o Domingo de Ramos, e termina com a Ressurreição, no domingo de
Páscoa.
A Paróquia São Luís Gonzaga iniciou nesta Quinta-feira Santa, 14 de abril, o Tríduo Pascal. A Última Ceia de Jesus e seus discípulos, marcada pelo gesto do Lava-Pés, simboliza o início de uma única celebração, dividida em três partes, que será concluída no Sábado Santo, onde a Igreja permanece em vigília, na esperança da ressurreição.
No período da manhã, na Catedral, o Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, se reuniu com os sacerdotes das 73 paróquias que formam a Arquidiocese para a Missa dos Santos Óleos. Nesta última missa antes do tríduo, o arcebispo abençoou os óleos que serão usados nos sacramentos por todas as paróquias da Arquidiocese durante um ano.
Sacramento
do amor
Na Última Ceia, Jesus, antecipando a Sua doação total, entrega aos discípulos o sacramento do amor: a Eucaristia. A data inspira a oração pelos sacerdotes, seminaristas e vocações sacerdotais. Por isso, o início da celebração desta Quinta-feira Santa, na Matriz, foi marcado por uma homenagem aos padres que atuam na paróquia, reverenciando a eles a gratidão pelo ministério sacerdotal vivido em comunidade. "Em nossas orações, pedimos para que falem com sabedoria e ensinem com amor; sejam eles felizes e fiéis na vocação assumida e que continuem nos conduzindo ao Reino do Coração de Jesus", dizia a homenagem.
Do
simples ao extraordinário
Na homilia, o pároco, padre Diomar Romaniv, lembrou do convite do Senhor a servir com amor, em seu gesto do Lava-Pés. Do exemplo que deixou, ao fazer de coisas simples, o extraordinário. "Ele toma pães em sua mão e os torna Seu próprio corpo; toma um cálice com vinho e o consagra como Seu próprio sangue; Se abaixa para lavar os pés de seus amigos e ensina a grandiosidade do amor e do serviço. A ação de lavar os pés é descrita em detalhes, porque nos detalhes da vida e dos acontecimentos encontramos o mais valioso sentido: levantou-se da mesa; tirou o manto; pegou uma toalha; amarrou a toalha na cintura; derramou água na bacia; começou a lavar os pés; enxugou com a toalha", refletiu.
Na igreja, muitos são os grupos de pessoas presentes. Diferentes entre si, a maioria não se conhece. Propondo a pensar na cena do Lava-Pés, padre Diomar convidou a nos colocarmos como protagonistas desta ação. "Se agora me fosse dado uma jarra com uma bacia e uma toalha e pudesse escolher de alguns dos que estão aqui na igreja para lavar os seus pés, de quem eu teria coragem e alegria de lavar?". A mensagem faz refletir sobre quem somos ao escolher quem queremos servir, com amor ou por obrigação. "São exemplos que nos ensinam que o amor leva quase espontaneamente a servir o outro com alegria e generosidade. Se é pesado, chato e até revoltante ter que lavar os pés de um estranho, de alguém que não conhecemos ou de quem não gostamos, é tão agradável e prazeroso fazer qualquer coisa para quem nós amamos". Seguiu: "Foi esse amor, testemunhado no lava-pés como acabamos de refletir, que também moveu Jesus na Ceia a pegar pão e vinho, dar graças e entregar a nós como Seu Corpo e Sangue. Aqui, de novo, o amor surpreende. E surpreende alimentando e se fazendo presença. A Eucaristia é o milagre da presença constante de Jesus entre nós. E este amor não olha se merecemos ou não, se o amamos como ele nos ama ou não".
Seguindo o exemplo de Jesus, e recordando do simples que se faz extraordinário por meio de atitudes concretas de amor, deu-se início o Rito do Lava-Pés.
Gesto
de humildade
Antes do Canto das Oferendas, um gesto de humildade: o Lava-Pés. Participaram do solene momento litúrgico os pais Camila Moreli Hort e Sidnei Hort com os gêmeos Martin e Zayn Hort (1 anos e dois meses); a catequista Neusa Cadore Boos e seu catequizando Pedro Arthur Gomes; a professora Juliana Costa Masera e seu aluno Pedro Henrique Pavesi; a professora da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Brusque, Jéssica Fernanda Goes com a aluna Sandra Sanni e o professor universitário Fernando Luis Merizio com o acadêmico Denis Moresco. Foram eles os discípulos da celebração. Em procissão, entraram na igreja levando jarra, bacia, toalhas, avental, pão e vinho. O rito relembra o gesto de humildade que Jesus realizou, lavando os pés dos seus 12 discípulos e dividindo com eles a ceia. "Eu nunca tinha participado. Foi uma bênção de Deus olhar para o povo que me via. Quando meus pés foram lavados, secos e beijados, senti uma paz. Eu estava meio nervosa e triste hoje em casa diante de uma situação pessoal, mas saio daqui leve e em paz", definiu Sandra Sani, 60 anos, aluna da Apae de Brusque há mais de 15 anos. "Pra gente foi muito emocionante, foi um convite que recebemos de coração aberto e ficamos muito felizes e agradecidos. Significou e ainda terá muito significado para nós, no decorrer da nossa história", descreveu Camila Morelli.
"Fazer memória não é apenas recordar, mas reviver. E essa é nossa missão como Igreja: fazer o povo reviver os mistérios centrais da nossa fé, e hoje particularmente da Ceia do Senhor e o gesto do Lava-Pés, e transformar isso em uma experiência pessoal de todos os que vem aqui rezar", definiu padre Diomar.
Transladação
do Santíssimo
Sem a bênção final, uma procissão conduziu o Santíssimo Sacramento, com velas e incenso, ao auditório paroquial. A procissão foi acompanhada por um gesto de fé e adoração silenciosa até o início da vigília com os grupos, que seguiu em oração e adoração, até a meia-noite, relembrando os sofrimentos de Jesus.
Na Sexta-feira Santa, acontece, às 15h, o Rito Litúrgico da Paixão e Morte de Jesus. Logo depois uma procissão percorrerá as ruas da cidade, com a imagem do Senhor Morto, que será colocado junto à gruta, na escadaria da igreja Matriz.
A Semana Santa iniciou no último domingo (12), com o Domingo de Ramos, e termina com a Ressurreição, no domingo de Páscoa.